A subtileza é uma qualidade subestimada.
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A mostrar mensagens de novembro, 2014
27 de Novembro 2014 - o dia do Alentejo
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Por hoje quero lá saber do sócrates, do coelho ou o do salgado; das falcatruas, dos milhões e das prisões. Nada do que eles tenham para dizer hoje me interessa. Dia 27 de Novembro é o dia em que o que não se explica, o que não se pode descrever, o que não tem nem terá nome, foi reconhecido. Não tem nome porque o cante não é só um "cantar polifónico do sul de Portugal". O que reconheceram hoje como património da humanidade foi a alma da gente, foi o que se sente além do que se canta. Celebramos hoje o reconhecimento da alma de um povo que se habitou a cantar para não chorar. Para o tempo passar, por companhia, para o trabalho não pesar, para a fome não se sentir, para aliviar. Quero lá saber do que se passa lá fora e me querem impingir no telejornal, é esta a vida que importa - a das gentes que encontraram na partilha das vozes o consolo de não se estar sozinho.
E o cante já é Património Cultural Imaterial da Humanidade!
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Se um dia, este imenso Alentejo pudesse valer-se das suas tantas riquezas, forças, das suas gentes capazes e de alma grande... dominava o mundo. "Agora sim, já está! Paris, 27 de novembro Crónica de Paulo Barriga Eram precisamente 11 horas e 17 minutos em Paris (menos uma em Portugal) quando o presidente da nona sessão do comité intergovernamental de salvaguarda do património cultural imaterial da Unesco bateu com o martelo na mesa. O cante alentejano já está inscrito na lista patrimonial da Humanidade. A grande verdade é que, excetuando a referência horária, o parágrafo atrás já estava escrito antes do anúncio. Por precaução. Já imaginava que me faltariam as palavras para descrever o que hoje se passou na sala grande da Unesco, em Paris. E elas ainda me faltam, tal a emoção, a desordem, a comoção que ainda agora me assalta. Para tanto, bastou apenas uma palavrinha, “adotado”. Foi adotado o projeto de decisão 9.COM 10.35. Aquele que mostrou ao mundo a grandeza, a beleza, a p...
Cante Alentejano a Património Imaterial da Humanidade
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E amanhã ficamos a saber se os senhores da Unesco consideram o cante alentejano Património Imaterial da Humanidade. Os alentejanos sabem o que aqui têm, a riqueza que trazem consigo e o quanto importa preservar a memória cantada do povo. Por isso, independentemente do que nos disserem, (e esperamos que seja um sim, que lhe dêem as honras que merece), amanhã bebemos um tinto à saúde dos cantadores que não deixaram morrer o cante e bebemos a certeza que enquanto houver vinho, uma côdea de pão e um grupo de alentejanos, o cante lá estará, vivo como sempre esteve. ilustração da Susa Monteiro, publicada no Diário do Alentejo .
Um dos maiores receios da humanidade tornado realidade
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Classificado
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Se há coisa de esguelha são os tornozelos. Muito provavelmente porque deus tem realmente as mãos grandes e os tornozelos são coisa pequena, delicada. E por isso mesmo, imperfeitos. Assim, tomo medidas extremas e publico o seguinte anúncio: "Rapariga nova, quase por estrear, oferece-se para experiência ortopédica. Procura soluções definitivas, indolores e de rápido efeito para um tornozelo defeituoso. Aceita: prótese, intervenção cirúrgica, tratamentos vários, medicação (intravenosa ou outra). Paga."
Hoje, em vez do escritório cinzento, foi assim...
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Quem inventou o termo "peso na consciência" não sabia o quão incorrecto estava. É que quando a pata é enfiada na poça até ao pescoço, o peso não fica na consciência. É antes um mal estar generalizado. Pelo corpo todo. De cima abaixo. O estômago às voltas, os intestinos em greve, uma zamboeira na cabeça que não deixa raciocinar direito... Uma boa conversa e um humilde pedido desculpas ajuda a diminuir os sintomas. Mas a sensação de não podermos confiar em nós próprios; a desconfiança de que (também) somos qualquer outra coisa que não nós mesmos; a certeza de que há um monstro escondido algures, entre o que nos é familiar em nós mesmos e aquilo que não conhecemos e que é urgente afogar... essa não desaparece, fica por cá como nódoa em camisa branca.
... houve sempre coisas de esguelha nas paisagens e amores imperfeitos...
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O Meu Mundo Tem Estado à Tua Espera
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O meu mundo tem estado à tua espera; mas não há flores nas jarras, nem velas sobre a mesa, nem retratos escondidos no fundo das gavetas. Sei que um poema se escreveria entre nós dois; mas não comprei o vinho, não mudei os lençóis, não perfumei o decote do vestido. Se ouço falar de ti, comove-me o teu nome (mas nem pensar em suspirá-lo ao teu ouvido); se me dizem que vens, o corpo é uma fogueira -- estalam-me brasas no peito, desvairadas, e respiro com a violência de um incêndio; mas parto ante de saber como seria. Não me perguntes porque se mata o sol na lâmina dos dias e o meu mundo continua à tua espera: houve sempre coisas de esguelha nas paisagens e amores imperfeitos - Deus tem as mãos grandes. Maria do Rosário Pedreira