coisas de esguelha

https://youtu.be/ulh5Y71Qwk0 O Borga não foi o primeiro a pôr a mão no senhor.

às vezes queria escrever coisas bonitas, mas depois ou porque não tenho tempo ou porque não me apetece ou simplesmente porque não quero pensar sobre as coisas, leio poesia e gosto. e este é um dos poetas favoritos.  A Vida A vida, as suas perdas e os seus ganhos, a sua  mais que perfeita imprecisão, os dias que contam  quando não se espera, o atraso na preocupação  dos teus olhos, e as nuvens que caíram  mais depressa, nessa tarde, o círculo das relações  a abrir-se para dentro e para fora  dos sentidos que nada têm a ver com círculos,  quadrados, rectângulos, nas linhas  rectas e paralelas que se cruzam com as  linhas da mão;  a vida que traz consigo as emoções e os acasos,  a luz inexorável das profecias que nunca se realizaram  e dos encontros que sempre se soube que  se iriam dar, mesmo que nunca se soubesse com  quem e onde, nem quando; essa vida que leva consigo  o rosto sonhado numa hesitação de madrugada,  sob a luz indecisa que apenas mostra  as paredes nuas, de manchas h

Splendour in the Grass What though the radiance which was once so bright Be now for ever taken from my sight, Though nothing can bring back the hour Of splendour in the grass, of glory in the flower, We will grieve not, rather find Strength in what remains behind; In the primal sympathy Which having been must ever be; In the soothing thoughts that spring Out of human suffering; In the faith that looks through death, In years that bring the philosophic mind. --  William Wordsworth

porque os bons arranjam forma de se encontrar... post com o alto patrocínio da Rita!

possuo poucas coisas. penso que o bem mais precioso que tenho é o tempo. e faço com ele o que quero ou posso. perco-o com a leviandade de quem julga ser quase eterno ou como quem tem a certeza de que ele, o tempo, chegará para tudo o que há ainda a fazer sempre senti, ainda que pareça contraditório, que perdia tempo demais. por não usar os minuto de forma útil, por distrair o cérebro com futilidades, vacuidades que me/nos atormentam o quotidiano, principalmente quando perdemos a capacidade de ver o quadro geral.  e no tempo que perco, no que ganho, no que gasto, no tempo que vendo, que empresto, que uso com quem me é mais ou menos próximo ou querido, em todo esse tempo, sou eu.  o tempo é meu para usar como quero e eu sou eu o tempo todo. não uma versão de mim formatada para o efeito, não um lado de mim mais ou menos polido, que fira mais ou menos, que seja mais ou menos grotesco, mais ou menos sensível, mais ou menos delicado, dependendo sempre esse "mais ou menos"

...porque apesar de todo o mal do mundo, we'll always have Paris...

"(...)é a primeira mulher, uma pioneira, a vencer esta distância em campeonatos do mundo, uma vez que é uma estreia desta prova no elenco dos Mundiais. O tempo oficial: 4h05m56s, ou seja, Inês tirou 2m29s ao seu anterior recorde mundial (...)" daqui

Leviana « No atelier dum fotógrafo. A Leviana prepara-se para tirar o retrato, mas está na dúvida se a meio corpo se a corpo inteiro. Eu quero-a dos pés à cabeça, quero-lhe o esqueleto todo. Ando a aprender anatomia naquele corpo. A irmã, porém, não acha decente o corpo inteiro. O corpo das mulheres é, pelo visto, um clube mundano com salas reservadas só para sócios. Fica, portanto, resolvido o meio corpo. Eu amuo, entristeço, pego nas palavras, nos sorrisos, meto tudo isso no cofre, no cofre forte do meu rosto impenetrável...  A Leviana, porém, decide arrombar o cofre. Aproxima-se de mim, e, como quem passa um bombom, escorrega-me aos ouvidos: - Deixa lá... Tiro agora o meio corpo e dou-te logo o resto... » Em: Leviana de António Ferro excerto roubado da Nova Casa Portuguesa

"...só quando cruza Ipiranga com a Avenida São João..."

como eu me engano a maior parte das noites...

eu tento ser uma tipa organizada, mas garanto-vos que para quem tem as ansiedades elevadas e as sinapses em curto-circuito, não é fácil. manhã em excel: calendários, agendas; criação de mails, tentativa de juntar os mails todos num só programa, sem sucesso; pensar em formatos, chatear pessoas, obrigá-las a pensar para me ajudarem (porque querem, pois claro que eu não obrigo - porque não consigo - ninguém a nada); organizar equipas de trabalho - não porque as equipas não sejam organizadas, mas porque eu não sou... e assim se passa uma manhã... ... mas sinto a serotonina a regressar...   via GIPHY

... eu ainda sou do tempo em que havia dias nos quais não se festejava absolutamente nada. já que é dia de festa felina, aqui vai: a maria achou engraçado andar pela casa inteira a desfazer um pedaço de esferovite. para quem gosta muito de gatos, aqui fica: podem ficar aí a apreciar a beldade. eu tenho de ir apanhar bolinhas de esferovite.

a meio do dia já conto com:  três ou quatro chamadas para retornar,  um sofá para arrastar,  um balde de cal para transportar,  uma ida ao dentista completamente surreal a descoberta de uma música bem lindinha a vida de esguelha....

vou continuar a colar coisas nas paredes enquanto tiver fita cola. só vendo as coisas no papel é que é possível um mínimo de organização mental. certamente que na minha cabeça, qualquer coisa não trabalha bem. aquela parte ou apêndice ou o que seja que permite às pessoas normais, visualizar no cérebro mapas, tabelas, listas, etc... no meu, não funciona, não existe. acabou-se o papel de cenário o que pode ser problemático. mas posso sempre ir colando folhas A4 umas às outras... enquanto houver fita cola, não desespero. desespero vai ser amanhã quando tiver de acordar... oh well... it's life! entretanto a Maria gata brinca com um pedaço de esferovite. cada um entretém-se com o que pode.

Dublin 12-09-2012

li por aí um artigo cientifico que garantia ser a assimetria que fazia pessoas mais bonitas que outras. ou seja, há um nível de assimetria que nos torna mais bonitos. para mim foi um alívio grande uma vez que tinha descoberto há pouco tempo a diferença entre os meus dois olhos: um é muito mais espevitado que o outro. ora, três semanas e meia depois de assumir as muletas como meio de transporte, noto uma assimetria brutal entre a perna de apoio (se mais morena, podia ser da Mamona) e a perna cujo pé está com a ruptura de ligamentos e fractura de avulsão (digo isto muitas vezes porque nunca tinha tido um problema de saúde com um nome tão fino), que está neste momento com a grossura de pouco mais que um barrotinho e mole porque o músculo desapareceu. não fosse eu saber por um artigo científico publicado no facebook que a assimetria nos faz mais bonitas, ficava preocupada. a minha perna esquerda e a minha perna direita* * se o paint realmente desaparecer não sei o que s

https://youtu.be/3IfH77Eldwo

nunca tive grande queda para homens bonitos. foi quase sempre talento ou sentido de humor ou a capacidade de manter conversas (não é assim tão comum quanto isso) que me entusiasmaram. preferia o Johnny Depp ao Brad Pitt e continuo com uma paixoneta gigante pelo Marcelo Camelo que, é público, não foi presenteado com grande beleza... Não quer dizer que não aprecie olhar para uns e outros espécimenes mais abonados pela graça da beleza, mas é mais como uma pessoa olha para uma bonita peça de porcelana: a pessoa gosta de olhar, mas não passa daí... assim sendo e depois de ver o Out Of The Furnace , confirma-se nova crush, que andava há já bastantes meses a ser cozinhada: Christian Bale . Mrs. coisasdeesguelha bale soa-me bastante bem...

roubado aqui

podia, mas não era a mesma coisa...

uma belíssima entrevista de Diogo Vaz Pinto do i a João Pedro George (que não conhecia) biógrafo de Luiz Pacheco, sobre o Pacheco, os escritores portugueses, a literatura, o meio cultural português...

tenho um tapete anti-escorrega na banheira; uso sabonete no banho porque não gosto de gel duche (no inverno é muito frio); já dei por mim a pedir um café em chávena escaldada (no inverno); possuo um par de muletas; adivinho o tempo com as mazelas do pé; vejo a metereologia para saber o que vestir no dia seguinte o barulho incomoda-me cada vez mais só me apetece ouvir jazz não me parece mal deitar-me cedo uso unguentos para as dores

https://youtu.be/iWOyfLBYtuU

Um dia particularmente difícil e esquisito na medida em que andei irritada o dia todo, esteve muito calor e não fui sequer, ligeiramente produtiva.

http://pin.it/CeFxR27