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A mostrar mensagens de fevereiro, 2016

já deixam o Renato Seabra fazer filmes

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Dez para a meia noite e o sol está a por-se. Penso que afinal o meu plano não iria resultar.
São 23h05 hora espanhola e ainda é de dia. Se o avião não fosse tão desconfortável,  a comida tão horrível e escassa, o serviço tão mau, podíamos continuar eternamente a viver de dia.
O telemóvel marca as 22h06 e está um sol maravilhoso fora do avião. É verdade. Podia ser sempre de dia.
A trinta e nove mil pés de altitude é tudo branco!

Nove horas e meia

A primeira hora, na expectativa que venha a comida, com o jornal todo para ler, acaba por passar rápido. A segunda, porque a comida começa a ser distribuída, depois param de distribuir, depois chega e com o tempo que passas a tentar perceber o que te deram como alimento, acaba por passar relativamente rápido Ver um filme! Os auscultadores, dos mais foleiros, custam três euros. Resolvem comprar um par para dividirem, na esperança de conseguirem sincronizar o mesmo filme nos dois aparelhos e cada um com um pinxavelho no ouvido, a coisa era possível. Até que descobres que as únicas hipóteses são: ver o filme dobrado em inglês, francês, alemão, italiano ou no caso do filme do Matt Damon, em português do Brasil. Não. O desespero não te leva ainda tão longe Pegas no jornal. Lês o artigo sobre o jihadi John e sentes que podes adormecer. Entretanto ele já adormeceu. Sacas-lhe os auscultadores e esfregas as mãos de contente: ver um filme em ingles não é mau de todo. Não se ouve nada. Com os
Azar é ter fome, entrar no avião às três da tarde. Na hora de distribuir o lanche, começam pela outra ponta do avião. Quando já te cheira a qualquer coisa que se assemelha com comida, começa a turbulência, adiando o lanche para quando der. Não é razoável.