Quem inventou o termo "peso na consciência" não sabia o quão incorrecto estava. É que quando a pata é enfiada na poça até ao pescoço, o peso não fica na consciência. É antes um mal estar generalizado. Pelo corpo todo. De cima abaixo. O estômago às voltas, os intestinos em greve, uma zamboeira na cabeça que não deixa raciocinar direito...
Uma boa conversa e um humilde pedido desculpas ajuda a diminuir os sintomas.
Mas a sensação de não podermos confiar em nós próprios; a desconfiança de que (também) somos qualquer outra coisa que não nós mesmos; a certeza de que há um monstro escondido algures, entre o que nos é familiar em nós mesmos e aquilo que não conhecemos e que é urgente afogar... essa não desaparece, fica por cá como nódoa em camisa branca.
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