possuo poucas coisas. penso que o bem mais precioso que tenho é o tempo. e faço com ele o que quero ou posso. perco-o com a leviandade de quem julga ser quase eterno ou como quem tem a certeza de que ele, o tempo, chegará para tudo o que há ainda a fazer sempre senti, ainda que pareça contraditório, que perdia tempo demais. por não usar os minuto de forma útil, por distrair o cérebro com futilidades, vacuidades que me/nos atormentam o quotidiano, principalmente quando perdemos a capacidade de ver o quadro geral. e no tempo que perco, no que ganho, no que gasto, no tempo que vendo, que empresto, que uso com quem me é mais ou menos próximo ou querido, em todo esse tempo, sou eu. o tempo é meu para usar como quero e eu sou eu o tempo todo. não uma versão de mim formatada para o efeito, não um lado de mim mais ou menos polido, que fira mais ou menos, que seja mais ou menos grotesco, mais ou menos sensível, mais ou menos delicado, dependendo sempre esse "mais ou menos...