And the feelings that get left behind | All the innocents broken with lies

possuo poucas coisas. penso que o bem mais precioso que tenho é o tempo. e faço com ele o que quero ou posso. perco-o com a leviandade de quem julga ser quase eterno ou como quem tem a certeza de que ele, o tempo, chegará para tudo o que há ainda a fazer

sempre senti, ainda que pareça contraditório, que perdia tempo demais. por não usar os minuto de forma útil, por distrair o cérebro com futilidades, vacuidades que me/nos atormentam o quotidiano, principalmente quando perdemos a capacidade de ver o quadro geral. 

e no tempo que perco, no que ganho, no que gasto, no tempo que vendo, que empresto, que uso com quem me é mais ou menos próximo ou querido, em todo esse tempo, sou eu. 
o tempo é meu para usar como quero e eu sou eu o tempo todo. não uma versão de mim formatada para o efeito, não um lado de mim mais ou menos polido, que fira mais ou menos, que seja mais ou menos grotesco, mais ou menos sensível, mais ou menos delicado, dependendo sempre esse "mais ou menos" da companhia, da ou das pessoas com quem escolhi ou me vi forçada a passar o tempo. 
posso sim, não estar num dos meus melhores dias, posso sim, adequar o meu estado de alerta, as minhas defesas, o meu respirar à familiaridade que tenho com quem estou. 

mas em todos esses dias, da semana ou do descanso, mesmo que o tempo não seja todo meu, porque às vezes, como todos, tenho de o vender ou ceder ou emprestar ou.... em todo esse tempo, que é meu, sou eu e eu sou quem escolhe (quando me é permitido escolher) o que acontece a seguir.

gosto dos dias úteis da semana, gosto dos dias de fim de semana, ainda mais úteis que os outros, porque mais livres, mais meus, mais tempo para dar a quem tem tempo para me dar.


And the feeling it gets left behind
All the innocence lost at one time
Significant behind the eyes
There's no need to hide... 
We're safe tonight


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