Não rezo porque não creio. Porque não acredito que haja justiça de qualquer espécie nestas coisas. É, tem de ser, tudo fruto de acaso estúpido. Uma divindade que nos amasse a todos não tem justificação para uma coisa destas.
Aconteceu. Sem razão, sem justiça divina, sem escrever torto por linhas direitas, porque não é possível vir daqui nenhum bem. 
O Alentejo perdeu uma alma, um cante, uma voz, uma guitarra campaniça, um sorriso tão sincero quanto era generosa a simpatia. Ficamos todos muito mais pobres. E repito, não pode vir daqui nenhum bem.
Um abraço a todos os que lhe sentirão a falta. 
"ATÉ SEMPRE ANA, AMIGA MAIOR QUE O PENSAMENTO
Jorge Serafim e as Vozes da Cal Quando a ausência é fulminante, não existimos. Não entendemos. Não temos razões que nos sustentem o coração. A Ana Albuquerque tem nome de barco. Abria mares à bolina da sua viola Campaniça, do seu cante, do seu Sul, da sua forma de sorrir horizontes. Tem nome de barco, cruzeiro à bolina das searas, vozes ao vento, velas ao sonho. A Ana largava porto e de mercadoria apenas aquela alma generosa, ternurenta, idealista, amistosa. O suficiente para nos encher com uma enorme vontade de navegar E dobrar tormentas. Hoje apenas nos apetece ouvir a memória, a onde tu existes dedilhando sonhos longos. Obrigado!"
Paulo Ribeiro, aqui

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