Há dias que se arrastam, tornam-se semanas. São efectivamente semanas de uma confusão generalizada em que nada parece assentar, em que nada se encaixa, em que peça por peça tudo se desmonta. Dias nublados, cinzentos com nuvens escuras a pairar, um tecto que pode desabar a qualquer momento. E esses dias que são na verdade semanas, ao longe vão ser recordados como dias, porque a duração das semanas se dilui, desfaz-se, é quase nada. E ao recordar as semanas, que foram efectivamente semanas, serão apenas dois ou três dias de memórias, porque tudo é tão confuso com as nuvens pesadas, o céu cinzento, o ar que custa a respirar, o tecto prestes a desabar...
"Abaporu" de Tarsila do Amaral Consultei o dicionário e ele distingue o machismo da misoginia dizendo que o primeiro “é a crença de que o homem domina socialmente a mulher e lhe nega os mesmos direitos e prerrogativas ” e que o segundo é: “ Aversão ou desprezo pelos indivíduos do sexo feminino. ” Eu não sei se uma se faz sem a outra porque acreditar que se domina alguém é reconhecer-se superior e por extensão desprezar o outro, ou a outra, neste caso específico. Eu não sei como se luta contra estes ou os outros preconceitos. Há coisas que leio (porque já não se conversa, não é? leem-se umas larachas nas redes) que me fazem espumar da boca e não sei quantas vezes já ensaiei respostas que apago de seguida por não as considerar à altura do comentário inicial. Sendo que a altura do mesmo é realmente pouca não raras vezes negativa e eu, ainda que com pouco mais de metro e meio é-me, ainda assim, difícil ...
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