Obrigadinha....

A pessoa está a correr, a correr, a correr quando já não aguenta mais, vê lá ao longe a estrada que terá de atravessar. Sente-se feliz a pessoa. Porque vai ter de parar de correr, vai poder recuperar alguma dignidade e o fôlego e sem fazer batota.
Aguento os últimos metros até à beira da estrada agarrada à expectativa dessa  obrigatória paragem. Descubro, em desespero, que os automobilistas têm os níveis da cidadania lá em cima nos píncaros. TODOS, sem excepção, travam (alguns a fundo) para me deixar passar sem ter de parar de correr.

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